Glaucoma

 O que é?

A palavra glaucoma já era conhecida desde século V a.c. através  de Hipocrátes, que a definia como uma doença ocular na qual “a pupila se torna cor do mar, a cegueira se instala e geralmente o outro olho é também atingido”.
Hoje, podemos dizer que o glaucoma é um conjunto de doenças oculares que têm como denominador comum uma lesão progressiva no nervo óptico que por sua vez, provoca defeitos característicos no campo visual, podendo levar à cegueira nos estágios avançados. A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para doença e está presente na maioria dos casos.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. Estima-se que 76 milhões de pessoas no mundo são portadoras de glaucoma e que serão 118.8 milhões em 2040.  A prevalência do glaucoma varia de acordo com a região: 1 a 3% na Europa, 1 a 4 % na Ásia, 1 a 5% nos EUA e 2 a 3% na Austrália.  As informações sobre a prevalência do glaucoma no Brasil são escassas, 3,4% foi o valor encontrado em um estudo populacional na região sul do Brasil.
Alguns tipos de glaucoma têm características próprias e, por isso, podemos classificá-los da seguinte forma:

• Glaucoma Primário de Ângulo Aberto: é o mais comum, em torno de 80% dos casos, é silencioso e causado por diminuição na drenagem do humor aquoso, que causa aumento a pressão intraocular. Como o nome diz, neste caso o ângulo camerular está aberto; 
• Glaucoma de Pressão Normal: alguns autores sugerem como um subtipo do glaucoma de ângulo aberto, porém nesta situação a pressão ocular encontra-se dentro dos limites normais. Está mais frequentemente associado a doenças sistêmicas com alterações vasculares, neurológicas, reumáticas e genéticas;
• Glaucoma Primário de Ângulo Fechado: neste caso o ângulo camerular está fechado e impede a drenagem do humor aquoso, podendo levar ao aumento súbito da pressão ocular, nestes casos o paciente sente dor e percebe borramento da visão;
• Glaucoma Congênito: é um tipo bem mais raro e consiste em alteração congênita na formação do ângulo camerular, se apresenta ao nascimento ou primeiros meses de vida. 
• Glaucoma Secundário: é causado por complicações de outras doenças oculares, como: retinopatia diabética, oclusão venosa uveíte, catarata, entre outras.
 
Sintomas

A pressão intraocular é um dos parâmetros para o diagnóstico do Glaucoma e deve ser avaliada pelo seu oftalmologista. Estudos mostram que a pressão ocular normal varia entre 10 e 20mmhg, mas cada paciente apresenta uma pressão intraocular ideal, que varia de acordo com o grau de comprome-timento do nervo óptico e campo visual.
Grande parte dos portadores de Glaucoma não apresentam sintomas, pois no início da doença a visão é normal. Posteriormente há redução gradual do campo visual. Nessa fase da doença o portador de glaucoma pode se envolver em maior número de acidentes domésticos ou profissionais. 

Quando o aumento da pressão intraocular é muito grande, como ocorre nos glaucomas de forma aguda, há vários sintomas, como: intensa dor nos olhos ou dor de cabeça, visualizar um halo (círculo colorido) aos redor das luzes, redução da visão, náuseas e vômitos.
 
Tratamento

O tratamento inicial do Glaucoma é feito com uso de medicamentos. Quando não há controle adequado da doença, pode-se indicar o tratamento por meio de procedimento a laser ou a cirurgia. O objetivo do tratamento, seja medicamentoso ou cirúrgico, é sempre reduzir a pressão intraocular, para proteger o nervo óptico e consequentemente, manter a visão do paciente.

Os medicamentos mais empregados são os colírios, e há várias drogas e associações fixas no mercado. Alguns atuam diminuindo a produção do humor aquoso, outros, aumentado sua facilidade de drenagem e ainda há outros que fazem essas duas funções.

O HOSL dispõe dos avanços nas intervenções cirúrgicas para tratar o glaucoma: o procedimento a laser (SLT), que apresenta bons resultados e pode ser indicado até nos casos iniciais e as cirurgias minimamente invasivas (MIGS) que trazem mais segurança e mínima intervenção no olho do paciente.
 
FIQUE DE OLHO

O Glaucoma não tem cura, mas tem controle, o que ajuda a evitar a cegueira.